COMPLIENCE: POR QUE VOCÊ DEVE IMPLEMENTAR NO SEU NEGÓCIO

Neste blog vou abordar os principais tópicos que permeiam o universo do compliance: seu conceito, o papel que exerce e suas frentes de trabalho.
O termo compliance vem do inglês “to comply” e significa estar em conformidade. Na prática, o compliance tem a função de proporcionar segurança e minimizar riscos de instituições e empresas, garantindo o cumprimento dos atos, regimentos, normas e leis estabelecidos interna e externamente.
Assim, uma definição simples para entender o que é compliance é pensar nele como um padrão básico de negócios. Ou seja, são ações colocadas em prática voltadas a garantir relações éticas e transparentes entre empresas e, principalmente (mas não somente) o Poder Público.
As vantagens e benefícios de empresa que aplicam o compliance em suas empresas estão em:
Preservação da Integridade Civil
Ao prevenir e reduzir os riscos das condutas não conformes, o compliance diminui o grau de exposição e responsabilização da Alta Administração da Organização em relação a potenciais comportamentos irregulares ou ilegais de seus colaboradores.
Aumento de Eficiência
O compliance reduz a incidência de fraudes e desconformidades, que geram desvios de recursos.
Evita riscos de sanções legais, perdas financeiras e perda de reputação.
Aumenta a qualidade das decisões dentro da Organização, reduzindo o custo operacional.
Todos estes fatores repercutem diretamente no aumento da eficiência na gestão e no desempenho da Organização.
Vantagem Competitiva
O compliance é uma importante estratégia de competitividade e atratividade do negócio, já que a sociedade global vem, cada vez mais, conscientizando-se em relação ao consumo sustentável e ético, exigindo das Organizações posturas e comportamentos que reflitam esses valores.
Ganhos de Produtividade
Uma cultura organizacional ética exerce influência sobre a integridade dos colaboradores, reduzindo a incidência de comportamentos que representam desvios. Estudos comprovam que o grau de satisfação das pessoas, de fidelização, comprometimento e rendimento do trabalho é maior dentro de organizações com forte cultura ética, melhorando o ambiente organizacional e retendo talentos. A difusão de boas práticas de governança corporativa amplia a coesão do público interno, gerando uma melhoria de produtividade contínua.
E o porquê aderir o compliance em sua empresa?
Nos últimos 20 anos, diversos escândalos de governança corporativa explodiram na imprensa e marcaram a história. Em 2001, práticas irregulares na Enron Corporation, companhia americana de energia, fez com que acionistas perdessem 74 bilhões de dólares, e funcionários e investidores perdessem o capital aplicado em fundos de aposentadoria. Como isso aconteceu? Enormes dívidas da companhia não foram colocadas nos balanços e diversos desvios de conduta foram acobertados. O curioso é que, nos seis anos que antecederam o escândalo, a Enron foi nomeada “Empresa mais inovadora da América” pela revista Fortune
E casos similares continuaram surgindo. AIG, Madoff, Lehman Brothers são alguns exemplos. Por vezes, envolviam a iniciativa privada e o Poder Público, com o uso de “laranjas”, empresas fantasmas e contas no exterior.
Hoje, as frentes de trabalho de compliance podem ser elencadas como:
· prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo;
· anticorrupção;
· fraude;
· privacidade;
· monitoramentos;
· código de conduta;
· código de ética;
· integridade;
· treinamentos;
· avaliação de riscos internos;
· reportar os erros;
· atendimento imediato;
· canais de denúncia.
Após um período de monitoramento e a partir de informações obtidas, o time de compliance é capaz de avaliar riscos e adotar medidas cabíveis. Se a empresa está firmando contratos de alto risco de corrupção, por exemplo, pode ser necessário intensificar ações de monitoramento e incluir novas práticas no código de conduta.
No âmbito organizacional, a reputação é o grau de reconhecimento que a instituição alcança em seu ambiente e, por que não, o grau de estima por parte dos diversos stakeholders, colaboradores, acionistas, clientes e muitos outros. Já sabemos que fazer o certo não custa mais, já que empresas éticas valem bem mais.
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